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Fraudes via “falsa central”: Bancos e instituições de pagamento podem ser obrigados a indenizar clientes vítimas de golpes

Fraudes via falsa central Bancos e instituicoes de pagamento podem ser obrigados a indenizar clientes vitimas de golpes

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A segurança das operações bancárias voltou ao centro das atenções: a Terceira Turma do STJ, por unanimidade, decidiu que quando bancos ou instituições de pagamento falham na identificação de transações suspeitas, ou exibem falhas de segurança que possibilitarem golpes, eles podem ser responsáveis por indenizar os clientes lesados.

O que motivou a decisão

Dois casos concretos levaram à análise. Em um deles, um correntista com poucas movimentações habituais teve quatorze transações em um único dia, muitas destoantes de seu perfil, além de ter um empréstimo contratado e um boleto pago indevidamente.
Na instância original, o juízo reconheceu falha da instituição bancária, mas o tribunal estadual reformou a sentença para isentá-la. O STJ, entretanto, avaliou que havia falha na prestação dos serviços e determinou que o cliente fosse indenizado.

Qual é o fundamento jurídico?

O que muda para os consumidores e para as instituições

Para os consumidores:

Para bancos e instituições de pagamento:

Por que essa decisão é relevante no contexto atual

Com o crescimento de golpes sofisticados de engenharia social — entre eles o da “falsa central de atendimento”, onde o fraudador simula ligação ou chat como se fosse atendente ou representante da instituição — a vulnerabilidade dos clientes aumenta.
A decisão do STJ reforça a obrigação das instituições financeiras de estar um passo à frente nessas ameaças, e dá aos consumidores uma via de reparação mais clara.
Além disso, sinaliza uma maior exigência regulatória e de compliance para as entidades que operam com meio de pagamento e serviços financeiros.

Dicas para se proteger e cobrar seus direitos

Conclusão

A recente decisão do STJ estabelece que bancos e instituições de pagamento não estão livres quando falharem em impedir fraudes que ocorrem por meio de vulnerabilidades em seus sistemas de segurança. O serviço financeiro — por sua complexidade e risco inerente — exige elevado nível de proteção. Quando essa expectativa não é atendida, o cliente pode buscar reparação.

Se você for vítima de fraude ou suspeita que seu banco deixou de agir quando deveria, vale ficar atento — sua conta, sua segurança e seus direitos merecem atenção.

Revise os extratos da sua conta, ative notificações de movimentação e, em caso de suspeita ou golpe, não hesite em acionar o banco ou buscar orientação jurídica.

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