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O padrão secreto da ‘Smart Money’ em quatro fases: como bilionários lucraram em 1929 e 2008 e por que 2025 pode ser a próxima grande oportunidade

Cena de mercado financeiro em crise com investidores preocupados, telas com gráficos descendentes e quadros de jornais de 1929, 2008 e sinais de 2025, destacando o padrão secreto 8216 smart

Tempo de leitura: 6 minutos

A história financeira não é aleatória, ela se repete. Em momentos de euforia e bolhas de mercado, enquanto a maioria dos investidores perde fortunas, um grupo seleto, conhecido como 'Smart Money', executa um padrão de lucro da crise meticuloso. Este padrão de quatro fases permite que eles não apenas evitem as perdas, mas também lucrem massivamente com os inevitáveis colapsos.

Desde a Grande Depressão de 1929 até a crise financeira de 2008, os mesmos movimentos estratégicos foram observados. Agora, em 2025, os sinais indicam que estamos no meio desse ciclo novamente, com os grandes nomes do mercado se posicionando para o próximo grande evento.

Este artigo explora como investidores lendários como Joseph Kennedy, Michael Burry e Warren Buffett aplicaram essas táticas e o que os dados atuais revelam sobre o que está por vir, conforme análise detalhada pelo Economy Rewind. Entender este ciclo pode ser a chave para proteger seu patrimônio e identificar oportunidades.

A Estratégia dos Bilionários: O Padrão de Lucro da Crise em Quatro Fases

Fase 1: A Saída Estratégica Antes da Tempestade

A primeira fase consiste na liquidação de posições de 12 a 18 meses antes do colapso. Investidores sofisticados, reconhecendo avaliações insustentáveis, começam a vender seus ativos enquanto os mercados ainda estão em alta. Em 1929, Joseph Kennedy, um dos maiores especuladores da época, liquidou suas posições no verão e início do outono, saindo do mercado substancialmente antes da Quinta-Feira Negra, em 24 de outubro.

Da mesma forma, em 2005, Michael Burry, após analisar dados de hipotecas subprime, começou a apostar contra o mercado imobiliário. Em 2025, o cenário se repete. Warren Buffett detém US$ 325 bilhões em caixa, a maior posição de capital da história do mercado. Jeff Bezos vendeu mais de US$ 13 bilhões em ações da Amazon, e Mark Zuckerberg se desfez de bilhões em ações da Meta. As vendas de insiders corporativos estão em níveis não vistos desde 2007, pouco antes da última crise, um sinal claro de que a 'Smart Money' está saindo.

Fase 2: O Seguro Contra a Volatilidade

Entre 6 e 12 meses antes da crise, a 'Smart Money' não apenas sai de suas posições, mas compra proteção contra a queda do mercado. Isso geralmente envolve opções de venda (puts), VIX calls ou credit default swaps (CDS). Em 1929, Joseph Kennedy construiu posições vendidas (short), apostando na queda dos preços. Ele pagou taxas de empréstimo enquanto as ações subiam, mas lucrou milhões quando o mercado despencou, chegando a cair 89%.

Em 2008, Burry e John Paulson usaram CDS em hipotecas subprime, pagando prêmios por anos enquanto o mercado imobiliário continuava a subir. Quando a bolha estourou, esses contratos renderam bilhões. Em março de 2020, Bill Ackman gastou US$ 27 milhões em CDS sobre títulos corporativos de grau de investimento, que renderam US$ 2,6 bilhões em poucas semanas, um retorno de 96 para 1. Em 2025, o material aponta que o rácio put-call está elevado, indicando hedging institucional, e os CDS sobre títulos imobiliários comerciais (CMBS) subiram 300% a 500% desde 2021, mostrando que o “seguro” contra a queda já está sendo adquirido em larga escala.

Fase 3: Apostas Contra Setores Vulneráveis

De três a seis meses antes do colapso, a 'Smart Money' direciona suas apostas contra setores e empresas específicas que são mais vulneráveis. Em 2008, Burry e Paulson não apenas apostaram contra o mercado imobiliário em geral, mas identificaram os títulos hipotecários mais tóxicos e empresas financeiras como Lehman Brothers, Bear Stearns e Washington Mutual. Paulson lucrou bilhões quando essas instituições faliram, desafiando a percepção de que eram “grandes demais para falir”.

Para 2025, os alvos são o setor imobiliário comercial e os bancos regionais. Edifícios de escritórios nos EUA estão com 40% a 50% de vacância devido ao trabalho remoto, com mais de US$ 2 trilhões em hipotecas comerciais vencendo entre 2025 e 2026. Essas hipotecas, financiadas a 3%, agora precisam ser refinanciadas a 7% a 9%, tornando muitos imóveis inviáveis e levando a inadimplências. Bancos regionais, com 20% a 40% de sua carteira de empréstimos em imóveis comerciais, já mostram sinais de fraqueza, como as falhas do Silicon Valley Bank e First Republic Bank em 2023. Fundos de hedge estão construindo posições vendidas massivas nesses setores, antecipando uma cascata de falências.

Fase 4: Comprando no Auge do Pânico

Esta é a fase final, onde as estratégias anteriores culminam e a 'Smart Money' utiliza seu capital para comprar ativos a preços de liquidação. Acontece no fundo do poço, quando o pânico é máximo e a maioria das pessoas está vendendo tudo. Em 1929, Kennedy usou seu caixa para adquirir ações e imóveis a preços de depressão, construindo uma fortuna geracional. Em 2008, Warren Buffett investiu US$ 5 bilhões no Goldman Sachs no auge do pânico, obtendo ações preferenciais com 10% de dividendo anual e bônus que garantiram lucros bilionários.

Em 2020, Bill Ackman, após lucrar com CDS, comprou ações de empresas sólidas como Starbucks e Hilton, que haviam sido devastadas pelo pânico, e viu seus fundos terem o melhor ano da história. Para 2025 e 2026, espera-se que Buffett e os grandes fundos de private equity (como Apollo, KKR, Blackstone), que detêm centenas de bilhões em “dinheiro seco”, estejam esperando uma queda de 50% a 60% no mercado para comprar ativos de qualidade a preços historicamente baixos. Este é o momento em que os bilionários se tornam muito mais ricos, aproveitando o medo generalizado.

Como se Preparar para o Próximo Colapso de Mercado

Atualmente, estamos em final da Fase 3, aguardando o gatilho que desencadeará a Fase 4. Indicadores como a curva de juros invertida e normalizada, o indicador de Buffett em 185% (contra um limite de segurança de 120%), inadimplências no setor imobiliário comercial e vendas de insiders em níveis de 2007 apontam para uma crise iminente, possivelmente em 6 a 18 meses.

Para o investidor comum, a preparação para a Fase 4 é crucial. Uma das recomendações é manter 20% a 40% do seu portfólio em caixa ou títulos do Tesouro de curto prazo. Isso garante capital para ser implantado quando o mercado cair 50% ou mais.

Outra estratégia é considerar a compra de proteção, como opções de venda (puts) no SPY (ETF do S&P 500) com vencimento em 6 a 12 meses e preços de exercício 10% a 20% abaixo dos níveis atuais. Embora custe um pequeno prêmio, o potencial de retorno em caso de queda é significativo.

Mais importante ainda, prepare uma lista de empresas de qualidade, com balanços sólidos e baixa dívida, que você deseja possuir. Quando a Fase 4 chegar e o pânico for máximo, ignorar o medo e comprar esses ativos em liquidação será a oportunidade de investimento de uma vida. O padrão de lucro da crise é claro, e a 'Smart Money' está pronta. A questão é, você estará?

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