Restituição do Imposto de Renda: Como é o pagamento pelo Governo Federal

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A restituição do imposto de renda é calculada durante a finalização do processo de arquivamento, podendo o contribuinte calcular o valor devolvido ao próprio bolso diretamente da fonte de pagamento com base nas despesas dedutíveis ou valores notificados no documento anual apresentado à autoridade fiscal.

Basicamente, se o contribuinte tiver um desconto de fonte para o ano (normalmente o seu salário) e constatar no final da entrega que pagou mais imposto de renda do que o devido, este será reembolsado.

Os reembolsos ainda estão disponíveis se todas as despesas dedutíveis forem relatadas adequadamente ao longo do ano civil.

O que significa restituição do imposto de renda para quem fez a declaração anual?

Simplificando, uma restituição do imposto renda é o dinheiro devolvido a um contribuinte com base no que o contribuinte preenche em sua declaração anual de imposto de renda.

Ou seja, o contribuinte envia todas as informações de suas receitas e despesas na declaração anual para a Receita federal.

Com base nesta informação, a Administração Fiscal pode restituir parte do imposto incorrido ou notificar o contribuinte do novo valor devido.

Lembre-se, mesmo que os impostos sejam retidos na fonte, é necessário notificar todos os bens e rendimentos no final do ano civil e depois aguardar a notificação dos rendimentos.

Vale ressaltar que é sabido que todas as despesas específicas ou dedutíveis exigem comprovação, e informações falsas ou fraudes podem ser uma dor de cabeça para os contribuintes.

Alterar ou criar valor, adicionar dependentes inexistentes ou relatar contas médicas fraudulentas podem ser considerados evasão fiscal.

A Lei 8.137/90 prevê que os infratores que cometerem qualquer ato ilícito relacionado à restituição do imposto de renda ou omissão de pagamentos devidos ao Leão serão punidos com pena máxima de cinco anos de prisão.

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Quem tem direito a essa restituição do imposto de renda?

Qualquer contribuinte que declare pagamento em excesso durante o ano tem direito a restituição do imposto de renda (que pode ser visto na declaração de rendimentos) ou tem despesas dedutíveis comprováveis, tais como:

  1. Os PGBLs (Plano Gerador de Benefícios Livres): estão isentos desde que correspondam a 12% do rendimento tributável do contribuinte;
  2. As contribuições ao INSS: deduzidas diretamente da folha de pagamento do declarante ou recolhidas pelo autônomo;
  3. Os Dependentes legais: aqui, é necessário saber que nem todos podem ser incluídos como dependente na declaração do imposto de renda, deve ser:
  • Um filho ou enteado menor de 21 ou 24 anos que esteja matriculado em uma faculdade ou programa técnico;
  • Um companheiro que tenha um filho em comum ou que viva junto há mais de 5 anos;
  • Irmãos e irmãs, netos, bisnetos, órfãos, sob custódia judicial, menores de 21 anos, ou impedidos de trabalhar por problemas físicos ou mentais;
  • Qualquer pessoa que esteja impossibilitada de trabalhar devido a doença mental ou deficiência;
  • Bisavós, avós e pais que auferiram menos de R$ 22.847,76 em rendimentos tributáveis ​​ou não tributáveis ​​no ano anterior; e
  • Sogros e sogras, desde que o marido e a mulher declarem juntos, uma vez que os pais podem ser os declarantes dos filhos, quando declaram conjuntamente, ambos os pais podem entrar na declaração como dependentes.

Observação: cada dependente legal pode deduzir até R$ 2.275,08 do total do imposto de renda.

  1. Despesas médicas comprovadas: seja consultando um especialista, psicólogo, psiquiatra ou até mesmo fisioterapia. A cirurgia plástica pode ser incluída na lista de dispensas desde que a finalidade seja prevenir, restabelecer ou manter a saúde física e mental. Assim, cirurgias plásticas, como implantes de silicone, não são despesas dedutíveis, a menos que o valor seja emitido pelo hospital juntamente com outras despesas dedutíveis;
  2. Gastos com Educação: seja contribuinte ou dependente, qualquer valor investido em educação (desde que seja utilizado para educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, faculdade, pós-graduação, mestrado, técnico ou técnico) é dedutível.

Como posso consultar minha restituição do imposto de renda?

Existem duas formas de verificar o valor a receber de restituição do imposto de renda.

Uma delas é após o preenchimento da declaração: assim que o contribuinte preencher as informações, ele precisará escolher a forma de declaração a ser enviada ao fisco, simplificada ou completa.

Cada um fornece informações consistentes com o modelo escolhido, de que existe uma diferença entre o valor restituído pelo governo e o valor tributável pelo contribuinte.

O modelo simplificado é melhor para contribuintes que não têm muitas ou nenhuma dedução – despesas dedutíveis).

Para esses casos, será deduzido da base de cálculo do imposto o percentual de 20%, a título de despesas dedutíveis, até o valor máximo de R$ 16.754,34.

Por fim, para aqueles contribuintes que obtiveram despesas dedutíveis superior a R$ 16.754,34, devem utilizar o modelo completo, que traz um maior benefício.

Outra forma fácil de consultar é através da área Consulta de Restituições de IRPF. Para isso, basta inserir informações básicas como previdência, data de nascimento e ano fiscal a ser consultado.

Como devo consultar minha restituição?

Através desta área, a sua restituição do imposto de renda poderá ser acompanhada, sendo as restituições emitidas em lotes de pagamento conforme especificado pela Administração Fiscal.

Vale ressaltar que quanto mais cedo a declaração for enviada, mais rápido os contribuintes poderão obter a restituição do imposto.

Além disso, caso a restituição do imposto não seja liberada, você também precisa consultar o portal e-CAC para saber a possibilidade de a declaração ser retida pelo fisco, ou seja, cair na malha.

Como faço para obter a restituição do imposto de renda?

Restituição do Imposto de Renda
Restituição do Imposto de Renda

A Receita Federal é responsável por todas as restituições dos contribuintes, devendo o valor ser depositado na conta corrente ou poupança indicada na declaração, ou seja, a conta deve estar em nome de quem enviou a declaração.

Claro que há exceções, como quando o declarante é menor, incapaz ou morto.

Quando é a data de restituição do imposto de renda de 2022?

Os valores da restituição do imposto de renda começarão a ser depositados logo após o prazo para envio da declaração.

Tal como em 2021, o prazo para declarações em 2022 foi alargado até 31 de maio.

De fato, os primeiros reembolsos começam no mesmo dia, tendo em conta os idosos e deficientes pela ordem de recebimento.

No entanto, como mencionado anteriormente, quanto antes o contribuinte enviar sua declaração, mais rápido será o recebimento.

Para 2022, os lotes foram divididos da seguinte forma:

1º lote - 31 de maio.

2º lote - 30 de junho.

3º lote - 29 de julho.

4º lote - 31 de agosto.

5º lote - 30 de setembro.

Por fim, lembre-se de que, caso você tenha algum valor a ser restituído e não tenha recebido o recibo de nenhum desses lotes, sua declaração pode ter sido apreendida pela multa líquida.

Para resolver a pendência, na maioria dos casos basta enviar uma declaração de correção, alterar informações necessárias ou enviar documentos em falta.

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