O Futuro do Trabalho: CLT em Declínio à Medida que a Contratação de Executivos Sob Demanda Cresce

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Maio de 1943 marcou a introdução da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que se tornou a base legal mais significativa para as relações de trabalho no Brasil. No entanto, como as estruturas de negócios evoluem, a CLT parece estar cedendo terreno para novas modalidades de contratação, como a crescente tendência de recrutamento de lideranças executivas sob demanda.

A Ascensão da Contratação de Executivos Sob Demanda

Conhecida como "Talent as a Service" (TaaS) - ou "Talento como Serviço", na tradução para o português - essa nova modalidade de contratação foca na aquisição de competências para projetos específicos dentro das organizações. O TaaS pode ser considerado uma evolução do conceito de trabalho freelancer, que anteriormente era mais comum em setores como alimentação, construção civil, design e jornalismo. Hoje, este modelo está ganhando terreno também em cargos de alto nível, conhecidos como cargos de C-Level.

No Brasil, as empresas agora têm a opção de contratar esses líderes como entidades jurídicas independentes, ao invés de recrutá-los sob o regime da CLT. Este movimento foi possibilitado pela Lei 13.429, que flexibilizou as regras para a contratação de trabalhadores terceirizados no país.

Impacto e Projeções Futuras

As projeções sugerem que a contratação sob demanda está apenas no início de um crescimento significativo. Pesquisas da Future Market Insights (FMI) estimam que o mercado de TaaS poderá saltar de US$ 387 milhões em 2022 para mais de US$ 1 bilhão até 2032.

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Implicações Corporativas

O entendimento sobre a contratação sob demanda e a evolução do trabalho como serviço é crucial para as lideranças corporativas, bem como para as áreas de Recursos Humanos e Jurídico. A transição para este modelo de contratação requer uma revisão e atualização cuidadosa dos processos organizacionais.

O cenário atual indica uma mudança no paradigma da contratação, com a CLT perdendo espaço para alternativas mais flexíveis e adaptadas às novas realidades do mercado. As organizações devem estar preparadas para navegar nesta nova era do trabalho, que promete desafios, mas também oportunidades sem precedentes.