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Petrobras, Ambev e Itaú Lideram Pagamento de Tributos no Brasil em 2024, Revela Estudo
A Petrobras se destaca como a maior pagadora de tributos no Brasil em 2024, com um expressivo montante de R$ 190,3 bilhões. A Ambev figura em segundo lugar, com R$ 41,2 bilhões, seguida pelo Itaú, que contribuiu com R$ 25,7 bilhões. Esses números foram divulgados pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O estudo, apresentado em um evento em São Paulo, também ressalta a importância de outros setores, como o elétrico, com empresas como CPFL Energia (R$ 18,4 bilhões), Neoenergia (R$ 17,7 bilhões) e Equatorial (R$ 16,1 bilhões) figurando entre as que mais recolheram tributos.
Conforme a pesquisa, a relevância desses dados vai além da contabilidade corporativa. Eles demonstram empiricamente o papel fundamental das empresas no equilíbrio fiscal do país e na sustentação de políticas públicas essenciais para a sociedade brasileira.
A Força das Grandes Empresas na Economia Nacional
Pablo Cesário, presidente executivo da Abrasca, enfatiza que essas companhias representam a espinha dorsal da economia brasileira, atuando como o “pulmão fiscal e produtivo do país”. Ele ressalta que fortalecer o mercado de capitais é sinônimo de fortalecer o Brasil, pois o crescimento das empresas impulsiona o desenvolvimento nacional.
A Abrasca se posiciona como um fórum essencial para o diálogo entre as grandes empresas, buscando pavimentar caminhos para o fortalecimento do ambiente de negócios e a construção de um país mais competitivo e próspero para todos.
Contribuição Social e Empregos de Qualidade Gerados pelas Companhias
Márcio Holland, coordenador do estudo e professor da FGV EESP, aponta outro dado relevante da pesquisa: a qualidade dos empregos e os salários acima da média oferecidos por essas empresas. Em 2024, as companhias de capital aberto analisadas pagaram R$ 344,3 bilhões em remuneração direta.
Ao dividir esse valor pelos 2,8 milhões de empregados, o resultado é um salário médio mensal de R$ 10.250, o que representa 2,8 vezes mais que a média nacional, estimada em R$ 3.700 mensais pela RAIS. Isso evidencia o impacto social positivo dessas corporações.
Rodrigo Moccia, presidente da Comissão de Relações Institucionais e Governamentais da Abrasca, avalia que a riqueza transferida pelos grandes grupos empresariais ao setor público não deve ser vista apenas como um ônus fiscal. Pelo contrário, é uma das principais manifestações do papel social e institucional que exercem.
Metodologia do Levantamento: Entendendo a Demonstração do Valor Adicionado
O levantamento utiliza a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) como base metodológica. Este indicador aponta a parcela da riqueza gerada pelas empresas que é efetivamente transferida ao setor público, abrangendo impostos, taxas e contribuições em todas as esferas: federal, estadual e municipal.
Estão inclusos no cálculo tributos como IRPJ, CSLL, INSS, ICMS, IPI, PIS e Cofins, além de pagamentos ao Sistema S e tributos recolhidos no exterior. A metodologia considera os tributos compensáveis, como ICMS e IPI, pelo valor líquido devido, ou seja, a diferença entre o imposto incidente e o valor recuperável nas compras de insumos.
