Confiança do Consumidor no Brasil Dispara em Dezembro: Maior Nível desde 2022! O que a FGV revela sobre o otimismo?

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Confiança do Consumidor no Brasil Sobe pelo Quarto Mês Consecutivo em Dezembro, Atingindo Maior Nível desde 2022, Segundo FGV

A confiança do consumidor brasileiro registrou um aumento significativo em dezembro, marcando o quarto avanço consecutivo e alcançando o maior nível desde dezembro de 2022. Este cenário positivo reflete uma melhora nas perspectivas para os próximos meses, mesmo com uma leve retração na percepção da situação atual.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), avançou 0,4 ponto em dezembro em relação a novembro, atingindo 90,2 pontos na série com ajuste sazonal. Este resultado indica uma tendência de otimismo crescente entre as famílias.

A evolução da confiança do consumidor é um indicador crucial para entender o comportamento de compra e as expectativas econômicas do país. A melhora, especialmente entre os consumidores de menor renda, sugere um alívio em parte da população, conforme informações divulgadas pelo Ibre/FGV.

Expectativas Superam Percepção Atual

Em dezembro, o Índice de Situação Atual (ISA) registrou uma queda de 1,4 ponto, situando-se em 83,4 pontos, após duas altas consecutivas. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) demonstrou um crescimento expressivo, subindo 1,4 ponto e alcançando 95,2 pontos, o que demonstra uma visão mais otimista para o futuro.

Anna Carolina Gouveia, economista do Ibre/FGV, destacou em nota oficial que a confiança do consumidor tem sido "impulsionada sobretudo pelas expectativas para os próximos meses, enquanto os indicadores que refletem a percepção sobre o momento atual recuaram".

A especialista também observou que, "entre as faixas renda, o avanço da confiança foi mais expressivo entre os consumidores de menor renda", um dado relevante para a análise da distribuição de renda e do poder de compra no país.

Desafios Persistem Apesar do Otimismo

Apesar da melhora nas expectativas, a economista Anna Carolina Gouveia ressalta que "os indicadores de situação atual sugerem um quadro ainda desafiador para as famílias". Fatores como "restrições financeiras associadas aos elevados níveis de endividamento e inadimplência continuam pressionando o orçamento".

Contudo, o consumidor se mostra "menos pessimista", apoiado por um "mercado de trabalho aquecido e maior poder de compra". Esses elementos contrabalanceiam os desafios e contribuem para a percepção de um futuro mais promissor, influenciando diretamente a confiança do consumidor.

Variação da Confiança por Faixa de Renda

A análise da confiança do consumidor por faixa de renda revelou um comportamento heterogêneo. No grupo com renda familiar de até R$ 2.100 mensais, o índice avançou 4,2 pontos, atingindo 90,4 pontos, demonstrando uma recuperação significativa.

Já entre os consumidores que recebem de R$ 2.100,01 a R$ 4.800, houve uma queda de 5,2 pontos, para 87,6 pontos. Na faixa de R$ 4.800,01 a R$ 9.600, o índice subiu 1,5 ponto, chegando a 88,7 pontos.

Para os consumidores com renda acima de R$ 9.600, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou uma leve retração de 0,6 ponto, fechando em 94,1 pontos. A coleta de dados para essa edição de dezembro foi realizada entre os dias 1º e 18 do mês, abrangendo um período crucial para as decisões de consumo de fim de ano.

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