Quanto custa contratar um trabalhador doméstico no Brasil em 2025?

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Se você está pensando em contratar um trabalhador doméstico formalizado (registro em carteira, direitos garantidos) em outubro de 2025, é importante entender que o custo vai muito além do salário mensal. Neste artigo, vamos detalhar os valores atualizados do piso salarial, encargos trabalhistas e demais despesas que influenciam no custo total para o empregador. Buscamos simplificar o tema de forma prática — acompanhe.


Salário mínimo e pisos regionais para empregados domésticos

Em 2025, o salário mínimo nacional para trabalhadores domésticos é de R$ 1.518,00 por mês.
Alguns estados brasileiros, no entanto, definiram pisos regionais maiores para a categoria. Veja alguns exemplos:

  • No Paraná: R$ 2.057,59 por mês.

  • No Rio Grande do Sul: R$ 1.789,04 por mês, vigência a partir de junho de 2025

  • No Santa Catarina: R$ 1.730,00 por mês.

  • No São Paulo: R$ 1.804,00 por mês a partir de julho de 2025.
    Isso significa que se você está em um desses estados ou outro com piso regional, seu custo mínimo salarial é maior.

Além disso, quando se considera o valor da hora em estados que utilizam o mínimo nacional, a remuneração mínima é de R$ 6,90 por hora.


Encargos trabalhistas e outros custos que impactam

Contratar formalmente um trabalhador doméstico envolve obrigações além do salário. Abaixo os principais encargos que devem ser considerados:

  • Contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): 8% sobre o salário.

  • FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço): 8% do salário.

  • FGTS compensatório (antecipação de multa de 40% em caso de demissão sem justa causa): 3,2%.

  • Seguro contra acidentes de trabalho (GILRAT ou equivalente): 0,8%.

  • Benefícios que podem surgir: vale‑transporte (quando fornecido), férias + adicional de 1/3, 13º salário, horas extras, adicional noturno, horas de descanso, etc.

Exemplo de cálculo: Para um trabalhador contratado com salário mínimo nacional de R$ 1.518,00, os encargos mensais só da parte patronal chegam a aproximadamente R$ 303,60. Somando‐se o salário, o custo mensal total estimado seria cerca de R$ 1.821,60.
Esse valor pode aumentar se houver benefícios, jornada superior, piso regional maior, horas extras etc.


Fatores que podem elevar ou reduzir o custo

Alguns elementos que podem influenciar o custo real:

  • Jornada de trabalho: Se o empregado trabalha jornada inferior (ex: tempo parcial), o salário e encargos serão proporcionais.

  • Horas extras / adicional noturno / feriados: Aumentam a remuneração e, consequentemente, os encargos.

  • Vale‑transporte ou outros benefícios: Podem aumentar o custo ou permitir desconto no salário.

  • Piso salarial estadual: Se o estado tiver piso maior que o mínimo nacional, o empregador deve pagar este valor maior.

  • Rescisão ou multa trabalhista: Em caso de desligamento sem justa causa, há multa de 40% do FGTS que precisa ser provisionada ou calculada.

  • Formalização via eSocial Doméstico: Registrar corretamente evita passivos trabalhistas futuros.


Orientações práticas para o empregador

Para quem vai contratar, seguem algumas dicas práticas:

  • Verifique qual é o piso salarial aplicável no seu estado (mínimo nacional ou piso regional).

  • Use calculadora ou planilha para estimar custo mensal total (salário + encargos + benefícios eventual).

  • Providencie registro no eSocial Doméstico antes do início das atividades.

  • Provisione os custos de férias e 13º salário mensalmente, para não ter surpresas.

  • Documente jornada, função, regime de trabalho (tempo integral ou parcial) para evitar ambiguidades.

  • Avalie se haverá necessidade de horas extras, adicional noturno ou deslocamento significativo (vale transporte) — todos esses fatores elevam o custo.


Conclusão

Em outubro de 2025, contratar um trabalhador doméstico formalizado no Brasil parte de um salário mínimo de R$ 1.518,00 para a maioria dos estados, podendo chegar a valores bem maiores em estados com piso regional elevado. Além disso, os encargos patronais e benefícios obrigatórios fazem com que o custo real para o empregador seja significativamente superior ao salário bruto simples. Por isso, é fundamental uma boa previsão orçamentária e formalização adequada. Se você está planejando essa contratação, considere todos os fatores apresentados aqui para evitar surpresas na folha de pagamento.

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