Como funciona e para que serve a Incorporação de empresas

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No mundo dos negócios, os processos de aquisição, fusão, compra ou venda de empresas são comuns e uma das maneiras de realizar esse tipo de operação é pela Incorporação de empresas.

Incorporações empresariais são frequentes e ocorrem com o intuito de expandir o patrimônio de uma companhia ou conglomerado.

Conceito de incorporação de empresas?

Uma Incorporação de Empresa ocorre quando uma companhia adquire, de forma imediata, todos os elementos da outra corporação, como bens materiais, ativos, conhecimentos técnicos e colaboradores especializados, fazendo com que a empresa que foi incorporada deixe de existir.

Com o supracitado, todas as responsabilidades relativas aos funcionários são também transferidas. Por exemplo, quaisquer litígios trabalhistas existentes serão transmitidos. Além disso, as relações de emprego serão mantidas intactas.

Dessa forma, além dos bens, a empresa que se incorpora à outra herda também uma variedade de deveres de responsabilidade de sua outra metade.

Processo de incorporação de empresas?

Para que o processo de incorporação ocorra, é preciso que os acionistas (sócios) da empresa que será incorporada e da que efetuará a incorporação concordem com a medida.

A fim de obter a aprovação, a incorporação empresarial requer um meticuloso levantamento patrimonial. Para assegurar tal procedimento, profissionais devidamente capacitados devem examinar minuciosamente os documentos e bens da empresa que está sendo incorporada.

Após aprovação da incorporação, a empresa adquirida chega ao seu fim. E assim, quando o procedimento é concluído, a incorporadora assume todos os ativos e funcionários daquela organização.

Adicionalmente, é essencial emitir um documento de registro, pois isso possibilita tornar a operação de incorporação de empresas acessível ao público.

Incorporação de empresas e suas vantagens

As empresas recorrem à incorporação como forma de expandir a sua fatia de mercado e reduzir os custos de produção. Por vezes, tais manobras de aquisição têm o objetivo de aumentar a sua influência econômica.

As incorporações são frequentemente realizadas para promover benefícios administrativos, operacionais, tributários e jurídicos à empresa incorporadora. Por exemplo, a divisão entre empresas pode ser uma opção para reduzir a carga fiscal.

Através da reorganização de um agrupamento, é possível conseguir a elisão fiscal, que é uma forma legal de reduzir o pagamento de tributos. As empresas também possuem benefícios fiscais para atividades específicas, tornando o negócio lucrativo. Por exemplo, as companhias do setor agrícolas gozam de inúmeras vantagens fiscais no âmbito nacional.

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Diferenças: Incorporação e fusão e cisão de empresas

Existem diversas maneiras de reestruturar uma empresa, como Fusões, Aquisições, Cisões e Incorporações. Quando duas ou mais instituições optam por se unir, a nova empresa criada envolve a associação de todos os recursos e colaboradores.

Através da cisão, é possível que partes de uma ou mais empresas sejam transferidas para outra. Por exemplo, uma empresa pode optar por vender somente sua divisão industrial de um determinado produto e seguir desempenhando suas atividades em outro setor. Essa divisão pode ser parcial ou total.

No ano de 2014, o grupo Philips anunciou que desmembraria todas as divisões envolvidas com cuidados da saúde, bem-estar e estética, rebatizando-as como Health Tech. Por outro lado, os segmentos voltados para soluções de iluminação seguiriam sob o nome de Philips. O consórcio assegurou que essa mudança propiciaria uma economia de cerca de 300 milhões de euros.

Incorporação de empresas no Brasil

Na maioria dos casos, é comum que as indústrias primárias optem por incorporar uma empresa. Dessa forma, elas conseguem unir recursos e bens produtivos como máquinas e insumos da outra empresa.

O Brasil teve duas fusões marcantes recentemente. A primeira, foi em 2012, quando a Sadia foi comprada pela BRF. A segunda, aconteceu quando o Banco do Brasil adquiriu a Nossa Caixa, uma rede de bancos.

Em 2009, o processo de aquisição da Sadia se iniciou, levando à criação da holding Brasil Foods (BRF). Após três anos, o acordo foi finalmente anunciado.